Escravo do Amor
Amor, veneno disfarçado em flor,
Teu toque é doce, mas amarga a dor.
Coração aprisionado sem razão,
Em teus grilhões de falsa paixão.
Tu és o fogo que consome o peito,
Queima a alma e cala o meu direito,
De ser livre, de ser inteiro,
Perdido em ti, prisioneiro.
Teu olhar, tão doce, é uma armadilha,
Sorrisos teus, lanças que brilham,
Mas, por trás do véu, há trevas,
Onde meu ser naufraga e se enreda.
Amar-te é ser um escravo, sem nome,
É seguir o abismo, onde a razão some,
A cada passo, a dor me alucina,
E a esperança se desfaz na neblina.
Teu amor, uma ilusão que me mata,
Faz-me dançar a valsa da insensatez,
O doce veneno que o corpo atrai,
Me faz crer que posso, mas não sou capaz.
E assim, sou escravo de tua mentira,
Refém do encanto que me tira a vida,
Amar-te é perder, é caminhar cego,
Em um labirinto onde o amor é o ego.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 06/12/2024