Saudades da Velha Casa
Oh, velha casa, meu doce abrigo,
Onde a infância plantou sua raiz,
Hoje distante, em sonho me entrego,
Ao tempo em que eu era feliz.
Teu alpendre cantava com o vento,
Sob a luz branda do entardecer,
E o cheiro do pão, quente e lento,
Era o amor que não deixa esquecer.
As paredes guardavam histórias,
De risos, de cantos e de oração,
E o piso rangia memórias,
De passos que hoje são só ilusão.
O quintal, com suas sombras amigas,
Os pés de fruta, o riachinho ao lado,
Era o palco das tardes antigas,
Onde o tempo brincava, encantado.
Hoje te vejo em minha saudade,
Velha casa de portas abertas,
És mais que um lugar, és verdade,
Um pedaço de mim que desperta.
E enquanto o mundo me leva adiante,
Carrego em meu peito teu doce calor,
Pois a velha casa, ainda vibrante,
É o lar eterno do meu amor.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 07/12/2024