Meu Filho Não Voltou
Beijei-lhe a testa, com o coração apertado,
Vi-o sair, com passos firmes, decididos.
Ainda o observava, ao longe, no calçadão,
E o vento levava suas esperanças, perdidas.
O sol ainda brilhava, em sua promessa de luz,
Mas o eco dos seus passos se fez silêncio.
Eu, de olhos secos, esperava seu retorno,
Mas o relógio foi cruel, e a noite se adensou.
Meu filho não voltou. O dia se fez tarde,
E o caminho que ele percorreu se apagou na poeira.
Ficou o eco da despedida, suave e breve,
Mas o vazio que ficou, imenso, se alargou na espera.
O que restou de seus sonhos, agora, é um mistério,
Perdido entre os dedos da vida, que escorrem, calados.
Eu, que ainda o vejo no espelho da saudade,
Sigo esperando, mas sei que ele não voltará.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 08/12/2024