A Última Cadeira
Na última cadeira, ali esquecido,
Um jovem quieto, de olhar perdido.
Entre a festa e os risos a soar,
Parece apenas um ser a esperar.
O salão brilhava em luzes e cores,
Convidados dançavam, sem temores.
Mas ele, ali, calado no canto,
Parecia um simples espectador do encanto.
Mas algo muda, o murmúrio se espalha,
Quando alguém nota, uma dúvida que falha.
O dono da festa, em sua humildade,
Escolheu o canto, longe da vaidade.
A última cadeira, seu lugar de espera,
Agora revela o segredo que impera.
Ele não é um esquecido, mas o anfitrião,
Com o poder de uma festa em sua mão.
Quando se levanta, todos param a dança,
O jovem sorri, sem mostrar arrogância.
A última cadeira, onde ninguém via,
Era seu trono, seu império, sua alquimia.
Agora, a sala o reconhece em silêncio,
O dono da festa, com puro talento.
E o jovem, simples em sua postura,
Ensina que humildade é a verdadeira bravura.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 09/12/2024