Pobre Lavrador
Com a enxada na mão e a esperança no peito,
O pobre lavrador trabalha com jeito.
De sol a sol, no chão sem vigor,
Cultiva o sonho com suor e amor.
"Meu filho há de ser o que não pude ser,
Vai aprender a ler, a crescer, a vencer.
Enquanto planto o milho e a cana no chão,
Planto no futuro minha dedicação."
O vento sopra, levando os anseios,
A terra responde com frutos alheios.
Mas ele persiste, confia no labor,
Pois maior que a fome é o sonho de amor.
"Filho, quero vê-lo na escola um dia,
Longe da enxada e da terra vazia.
Que os livros sejam seu campo a arar,
E a vida lhe ensine a sonhar e voar."
O lavrador luta, enfrenta a dureza,
Pois sabe que o sonho é sua maior riqueza.
E mesmo que a vida lhe negue o favor,
Nunca se apaga o amor de um lavrador.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 10/12/2024
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