Meu Filho Cantou
Eu, no leito da dor, vazio, sem chão,
Sem fé no olhar, sem força na mão.
A vida pesava, o dia era cinza,
E a alma cansada, sem mais uma brisa.
Mas então ele veio, meu filho, meu amor,
Trazendo no peito um canto, um calor.
Sua voz era luz, um raio a brilhar,
Rasgando as trevas, me fazendo respirar.
Cantou a esperança que eu já não tinha,
Cantou a alegria que se fez minha.
Cada nota um remédio, cada verso um alento,
A cura brotava a cada momento.
O som de sua voz me ergueu da prisão,
Despertou meu espírito, acendeu o coração.
Onde havia silêncio, nasceu melodia,
Onde havia tristeza, brotou alegria.
Meu filho cantou, e o mundo mudou,
O peso se foi, a dor se calou.
E ali eu entendi, no instante sublime,
Que o amor tem voz e poder que redime.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 12/12/2024