A Volta dos Vagalumes
No silêncio macio da roça, à luz da lua,
Entre o cantar do grilo e o farfalhar da folha nua,
Encontro em teu olhar, mulher, minha fortaleza,
És o brilho que acende a minha simples certeza.
A vida aqui é dura, mas tão cheia de cor,
Do amanhecer dourado ao aroma do lavrador.
Na terra plantei sementes, no coração plantei você,
E colho amor no abraço, no riso do anoitecer.
Nossos filhos correm livres pelo chão de terra batida,
Nos olhos deles vejo o futuro, vejo a vida.
E quando o dia cansa e o céu se veste de veludo,
Teu sorriso é o que preciso para esquecer o luto.
Os vagalumes voltam, dançando entre os coqueirais,
Iluminam nossos sonhos, esses que nunca são iguais.
A roça pode ser pequena, mas o amor é sem fim,
E contigo, minha amada, tudo começa e termina em mim.
Agradeço à vida simples, ao céu tão estrelado,
Por tua mão que segura a minha, mesmo no pesado.
Nesta terra, neste lar, onde o amor floresce sem pressa,
És meu sol, minha lua, a razão de toda essa festa.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 12/12/2024