Bebi da taça da desilusão,
um vinho amargo de antigas promessas,
mas em teu olhar, uma nova canção
trouxe o doce que a alma confessa.

Cada gole parecia o fim,
mas teu toque mudou meu destino.
Transformaste o vazio em jardim,
e a dor em caminho divino.

A taça, ainda cheia de sombras,
fizeste transbordar de paixão.
O que era tristeza, agora se dobra
à força do amor, que é redenção.

Se o amor é um risco, quero beber,
mesmo que a taça me traia outra vez.
Pois só em teus braços consigo viver,
e neles encontro o meu talvez.