Meu peito é uma casa de portas abertas,
Onde o amor é hóspede, nunca proprietário.
Um inquilino que chega sem aviso,
Trazendo sonhos em malas de mistério.

Se instala nos cantos da alma,
Pinta as paredes com cores de emoção.
Renova o silêncio com risos e lágrimas,
Transforma vazio em canção.

Mas o coração é um abrigo temporário,
Para sentimentos que vêm e vão.
E quando o amor parte, deixa saudades,
Ecoando memórias na imensidão.

Ainda assim, a porta permanece aberta,
Porque a vida é feita de chegadas e partidas.
Cada inquilino deixa um pedaço de si,
E leva consigo histórias vividas.

Coração inquilino, nunca cativo,
Deixa o amor fluir como o rio ao mar.
E na dança eterna de abrigar e partir,
Encontra o sentido de sempre amar.