O sertão mudou de cor,
Já não é só de poeira e dor,
O verde agora canta em flor,
E o céu, em azul, se fez amor.

O solo, antes árido e seco,
Hoje é manto de vida, de enredo,
As chuvas vêm com esperança,
E o vento dança em confiança.

O rio que antes murmurava,
Agora forte, revigorado,
Nos campos, a semente brota,
E a terra se faz de cuidado.

O sertão mudou de cor,
Virou pintura, virou clamor,
Nas veredas, o sol se põe
E a esperança se espalha, sem fim.

E o homem que antes se via só,
Agora caminha com o sertão,
Juntos, de mãos dadas, vão
Construir o futuro, sem desamor.