Confissões ao vento
O mais bonito retrato é o da própria natureza, pois, Deus com humildade fez sem tintas a sua beleza.
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Seu Coração em Minhas Mãos
No silêncio cruel da noite,
um grito cortou o ar.
Corri com o peito em chamas,
sem saber o que iria encontrar.

Lá estava você, meu menino,
tão jovem, tão cheio de vida.
Agora imóvel, tão frio,
presa à violência desmedida.

Abracei seu corpo sem forças,
numa tentativa vã de aquecer.
Mas o calor do seu sangue,
foi o que senti escorrer.

Molhou minhas mãos trêmulas,
marcou minha alma para sempre.
Era o seu coração partido,
desfeito em um instante.

Por que te levaram tão cedo?
Por que tanto ódio à espreita?
Seus sonhos agora silenciados,
e eu com essa dor que me enfeita.

Queria te dar o mundo,
te proteger, te salvar.
Mas tudo o que tenho agora,
é o vazio que insiste em ficar.

Seu sangue em minhas mãos,
é a marca que nunca sairá.
Lembro do sorriso que tinha,
e da vida que a violência roubará.

Que o mundo ouça meu clamor,
que essa dor não seja em vão.
Pois no abraço de uma mãe,
cabe o peso de toda a nação.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 19/12/2024
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