Na calma serena da noite escura,
Quando o silêncio abraça a alma pura,
Dobro os joelhos, coração a chorar,
E minhas preces começam a sussurrar.

A lua espreita, testemunha fiel,
Enquanto lanço ao céu meu clamor em papel.
As estrelas piscam, como quem entende,
Que só a fé o coração acende.

Ó Deus, que habitas no alto lugar,
Escuta minha voz que insiste em clamar.
Na madrugada fria, sou pequeno, sou pó,
Mas contigo, Senhor, nunca estou só.

Peço forças para o dia que vem,
Que tua graça seja meu amém.
Que a esperança renasça em meu peito,
E a Tua vontade seja meu leito.

O véu da noite começa a cair,
E o dia aos poucos vejo surgir.
Mas a oração, semente plantada,
Fica comigo, na jornada traçada.

Na oração da madrugada encontro abrigo,
E sei que sempre caminhas comigo.
Pois quem confia e espera em oração,
Sente em Deus o pulsar do coração.