Cortadores de Cana
Nas vastas plantações, o sol arde forte,
Homens e mulheres, com coragem e sorte,
Pelas serras e campos, suas lâminas brilham,
No suor que escorre, os corpos se entilham.
O som da foice corta o silêncio da manhã,
O ritmo da luta é uma dança insana.
Cantam entre as canas, a voz se eleva,
Em cada verso, a alma se enleva.
"Vai na fé, meu irmão, não desista não!"
O trabalho é duro, mas há união,
"Na roça é pesado, mas com força se vai!"
O sonho é distante, mas ninguém cai.
As mãos calejadas, os pés cansados,
Mas o espírito firme, os olhos marcados,
Em cada corte, um suspiro, uma dor,
Mas na esperança, cresce o amor.
Na usina, a cana vai e vem,
Mas o homem e a mulher, com fé, não têm
Medo do cansaço, do tempo que passa,
Na luta diária, a vida se abraça.
E nas vozes que cantam ao sol escaldante,
O trabalho se faz leve, mesmo distante.
O objetivo é claro, a meta é alcançar,
Liberdade e dignidade, sempre a lutar.
Cortadores de cana, heróis do chão,
Com seus sonhos altos, e os pés na mão,
Pela força da união, pelo ritmo da vida,
Em cada canto, uma alma erguida.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 21/12/2024