Confissões ao vento
O mais bonito retrato é o da própria natureza, pois, Deus com humildade fez sem tintas a sua beleza.
Capa Textos E-books Fotos Perfil Contato
Textos
Faltava o Pão, Mas Não o Amor da Minha Mãe
No canto simples da casa vazia,
a mesa era pobre, mas cheia de alegria.
O pão, às vezes, faltava a granel,
mas nunca o abraço que vinha do céu.

Minha mãe, com mãos calejadas de luta,
bordava esperança onde o frio batuta.
Seu sorriso, um sol em dias nublados,
era a riqueza dos dias passados.

Lembro o aroma do caldo ralo,
mas na alma, o amor era farto regalo.
Ela dizia: “Filho, confia e espera,
Deus sempre cuida, e a vida prospera.”

O vento soprava nas frestas da porta,
mas seu carinho era a manta que conforta.
E na pobreza, riqueza eu via,
no amor imenso que ela trazia.

Hoje, ao lembrar do tempo distante,
sinto saudades daquele instante.
Faltava o pão, mas nunca a bondade,
que fez do passado uma eternidade.

Mãe, teu amor foi o mais puro altar,
mesmo na escassez, soubeste doar.
E no meu peito, guardo a certeza:
o que me alimentou foi tua grandeza.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 21/12/2024
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Comentários