Paredes do Tempo
Muro cinza, marcado pelo vento,
Palavras presas, ecoam no cimento.
Rachaduras contam histórias esquecidas,
No concreto vivem memórias perdidas.
Cada linha traça um caminho,
Cada bloco é um destino.
Erguem-se torres de sonho e dor,
Na cidade cresce o desamor.
Mas na rigidez, florescem cores,
Grafites falam de amores.
O concreto, duro e frio,
Também abriga o que é gentil.
Assim a cidade se refaz,
Entre o presente e o que ficou para trás.
Paredes guardam o que não se diz,
Sonhos urbanos de um mundo feliz.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 28/12/2024
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