O Poder da Oração: Testemunho de um Milagre
Eu nunca fui de ser exagerado. Sempre fui uma pessoa pragmática, daquelas que acredita no que vê, no que pode tocar e, no fundo, achava que a vida sempre teria uma explicação lógica para tudo. Mas o que aconteceu com meu filho, naquele dia, me fez questionar tudo o que eu sabia sobre o mundo e o poder da fé.
Era uma tarde comum, dessas de calor abafado e o som das crianças brincando na rua, quando meu filho, Lucas, de apenas sete anos, começou a se sentir mal. No começo, pensei que fosse apenas uma dor de estômago ou alguma indisposição passageira. Mas, conforme as horas passavam, ele começou a ficar mais pálido e fraco. Sua febre subiu rapidamente, e logo ele estava deitado, suando frio, sem conseguir se mover direito.
Minha esposa e eu nos preocupamos, claro, mas ainda tentávamos racionalizar. "Deve ser só uma virose", eu dizia para mim mesmo, tentando manter a calma. Mas a febre persistia e piorava. Quando, à noite, ele teve uma convulsão, a realidade bateu forte. Os médicos não souberam identificar o que ele tinha, os exames não mostraram nada, mas ele piorava a cada minuto. A dor no meu peito era indescritível. Eu via meu filho, o meu pequeno, ali, indefeso, e sentia uma impotência que nunca imaginei que fosse capaz de sentir.
Eu não sou um homem de rezar com frequência. Minha vida sempre foi mais voltada ao trabalho, às preocupações do dia a dia. Mas naquela noite, algo em meu interior me fez tomar uma atitude diferente. Eu me ajoelhei ao lado da cama dele, com o coração apertado, e fiz uma oração simples. Nada de palavras complicadas ou rituais. Apenas pedi a Deus que o cuidasse, que tirasse a dor dele e o livrasse daquela situação.
Pedi, sinceramente, para que Ele me ouvisse, para que me desse a chance de ver meu filho crescer, brincar, correr, estudar e fazer todas as coisas que uma criança deve fazer. Eu não sabia o que mais fazer. Não sabia se estava pedindo demais ou se havia perdido a razão. Mas naquele momento, a única coisa que eu tinha era aquela oração, aquele momento íntimo com Deus.
De repente, algo aconteceu. O ambiente ao redor parecia se acalmar, como se uma paz silenciosa tivesse invadido o quarto. A febre de Lucas, que antes estava altíssima, começou a baixar. Ele, que mal conseguia respirar, foi aos poucos se acalmando. Os tremores pararam, e ele adormeceu profundamente. Eu fiquei ali, sentado ao lado da cama dele, com a mão sobre sua testa, esperando que aquilo fosse um bom sinal. E foi.
No dia seguinte, Lucas acordou sorrindo, como se nada tivesse acontecido. A febre havia desaparecido, e ele parecia mais leve, mais tranquilo. Fomos ao hospital, e os médicos ficaram perplexos. Não havia mais sinais daquilo que ele tinha. Nada que explicasse aquele súbito pico de febre, aquele comportamento estranho. Eu sabia o que tinha acontecido, mas não conseguia explicar para os outros de forma racional.
A única explicação que eu tinha era a oração. Eu senti, naquele momento, que algo maior que eu estava ali, me ouvindo. O poder da fé, a força de um pedido sincero, foi o que fez meu filho voltar a respirar, voltar a sorrir.
Nunca vou esquecer daquela noite. A noite em que eu vi, com meus próprios olhos, o que pode acontecer quando colocamos nossa confiança em algo maior, quando somos humildes o suficiente para pedir ajuda e acreditar que, às vezes, a verdadeira força não está em nós, mas em algo muito mais profundo.
A vida é cheia de mistérios, e eu, que sempre duvidei das coisas invisíveis, sou agora um homem diferente. Eu vi o impossível acontecer diante dos meus olhos. E, mais do que nunca, sei que a oração tem o poder de transformar. Eu vi meu filho ser livre da morte, não por qualquer razão lógica, mas porque a fé e a oração têm uma força que ninguém pode explicar — mas todos podem sentir.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 04/01/2025