Confissões ao vento
O mais bonito retrato é o da própria natureza, pois, Deus com humildade fez sem tintas a sua beleza.
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A Mãe Heroína que Enfrentou os Bandidos
Eu vou contar uma história,
De encher o coração,
De uma mãe tão corajosa,
Com tamanha devoção.
Seu amor pelo seu filho
Virou lenda no sertão.

Maria era seu nome,
Uma mulher de valor.
No rosto, traços do tempo,
Na alma, força e vigor.
Mas o destino tramava
Contra o bem, contra o amor.

Seu filho, jovem rapaz,
Chamava-se Joãozinho,
Era bom, trabalhador,
E andava no seu caminho.
Mas os olhos da maldade
Seguiam o pobrezinho.

Um bando de homens ruins,
Cheios de ódio e ganância,
Queriam tirar-lhe a vida
Por um caso de infância.
O passado, que ele evitava,
Era sua circunstância.

Maria, que tudo via,
E nada deixava escapar,
Soube dos planos sombrios
Que estavam a se formar.
"Se é guerra que eles querem,
Eu sei como enfrentar!"

Com coragem e esperteza,
Maria agiu com calma.
Não queria ver o sangue,
Nem peso sobre a sua alma.
Decidiu usar o engenho
Que a vida trouxe na palma.

Foi de casa em casa, firme,
Ouviu histórias e queixas,
Descobriu que os bandidos
Eram só almas desfeitas.
Gente dura, sem carinho,
Vítimas de suas brechas.

Maria armou a estratégia,
Sem espada, sem canhão.
Foi ao encontro do bando
Com firmeza e coração.
E levou na sacola
Só pão e oração.

Chegando lá, foi dizendo:
"Eu não vim pra brigar, não.
Quero que ouçam minha voz,
E entendam minha razão.
Pois quem busca a vingança
Se perde na escuridão."

Os bandidos ficaram tensos,
Sem saber o que fazer.
Uma mãe de fala firme,
De coragem pra valer,
Desarmava com palavras
Todo o mal que havia ali.

Contou histórias da vida,
De dores que enfrentou.
Mostrou que todos são gente,
Que o ódio só destruiu.
E que perdão, quando chega,
Transforma até o mais vil.

Os homens, comovidos,
Baixaram suas espingardas.
Maria os acolheu,
Deu comida e palavras.
No final, pediram perdão
E deixaram suas desgraças.

Joãozinho, protegido,
Seguiu vida em retidão.
Maria foi celebrada
Por toda aquela região.
E provou que amor e coragem
Vencem qualquer confusão.

Assim termina o cordel
Da mãe heroína e valente,
Que enfrentou bandidos brutos
Com o coração na frente.
Um exemplo de bondade,
Pra sempre, entre a gente!
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 09/01/2025
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