Caminho à beira de um precipício,
Onde o amor é fogo e também suplício.
Os pés vacilam na emoção sem chão,
E mergulho profundo no abismo da paixão.

É chama que arde, um doce tormento,
Um grito de alma levado ao vento.
Cegueira que guia sem direção,
Um salto no escuro da imensidão.

As correntes apertam, mas querem voar,
São laços que prendem e fazem sonhar.
No risco que fere, há brilho e calor,
No fundo do abismo, se encontra o amor.

Paixão é vertigem, é pura loucura,
É dor que encanta, prazer que perdura.
E mesmo perdido, sem rumo ou razão,
Me lanço de novo no abismo da paixão.