O Sabiá e a Aula de Música na Floresta
Era uma vez, na imensa floresta verdejante, um sabiá muito talentoso, conhecido por todos os animais por seu canto melodioso. Ele adorava cantar, e seu canto encantava não só os outros pássaros, mas também todos os habitantes da floresta. Mas um dia, o sabiá teve uma ideia brilhante: por que não ensinar todos os animais a cantar e a tocar música como ele?
E assim, decidiu organizar a primeira "Aula de Música da Floresta". Ele voou de galho em galho, cantando alegremente, convidando todos os animais para participar. O coelho, a raposa, o tucano e até mesmo o tamanduá, todos estavam curiosos e empolgados com a novidade.
No grande dia da aula, o sabiá se posicionou no centro da floresta, empoleirado em uma árvore alta, e começou a falar.
— Amigos da floresta, hoje será o dia em que aprenderemos a magia da música! Vamos cantar, tocar e nos divertir! Cada um de vocês tem um talento único, e juntos faremos uma sinfonia maravilhosa!
Os animais estavam animados, mas logo surgiram alguns problemas. O coelho, com suas orelhas longas, tinha dificuldade em ouvir a melodia. A raposa, com suas patas ágeis, queria dançar mais do que cantar. O tucano, com seu bico grande, tentava cantar, mas seu som saia torto. E o tamanduá? Bem, ele achava que sua tromba poderia ser usada como um instrumento de sopro, mas não saia nada além de barulhos estranhos.
O sabiá, vendo que as coisas não estavam saindo como ele imaginava, pensou por um momento. Então, com um sorriso sábio, disse:
— Eu percebo que cada um de vocês tem algo especial. A música não precisa ser perfeita; ela é feita de alegria, harmonia e diversidade. O coelho, suas orelhas são perfeitas para ouvir o ritmo. A raposa, sua energia pode ser transformada em dança. O tucano, seu bico é único, e sua voz tem um tom diferente, que é maravilhoso. O tamanduá, sua tromba pode ser um instrumento único que, se tocado com amor, fará um som único!
E assim, o sabiá ensinou que a verdadeira música não vem da perfeição, mas da união das diferenças. Cada um dos animais, com suas particularidades, contribuiu para a grande sinfonia da floresta. O coelho pulava ao ritmo, a raposa dançava com graça, o tucano cantava com seu tom peculiar, e o tamanduá tocava com sua tromba de maneira inusitada.
Ao final da aula, todos estavam exaustos, mas muito felizes. A floresta, com seus sons únicos, parecia um grande concerto da natureza.
O sabiá sorriu e disse:
— A música é a linguagem do coração. E cada um de nós, com nossas diferenças, tem algo belo a compartilhar. Não importa como soa, mas o quanto colocamos de nós mesmos na melodia.
E assim, na floresta, todos aprenderam que a verdadeira harmonia vem da diversidade, e que cada som, por mais estranho que fosse, tinha sua própria beleza.
Moral da história: A verdadeira música está na união das diferenças, e cada ser tem algo único a oferecer para o todo.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 10/01/2025
Alterado em 10/01/2025