Por que morremos?
Morremos, talvez, para sermos sementes,
Plantadas no chão de vidas ausentes.
Para que o ciclo jamais se desfaça,
E a luz do eterno no tempo se enlaça.
Morremos, quem sabe, para renascer,
No ventre do mundo, no alvorecer.
Como a folha que cai e enriquece o chão,
Somos pó e raiz em transformação.
Morremos, assim, para dar ao amor
A chance de brilhar com mais esplendor.
Pois só ao perder, aprendemos a ver
O valor profundo de simplesmente ser.
E se morremos, não é o fim,
É um porto que leva ao que há além de mim.
A vida é o rio, a morte, o mar,
Um mistério infinito a nos abraçar.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 11/01/2025
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