O Clamor da Madrugada
Na quietude que envolve a escuridão,
Surge o lamento de um coração.
O vento sussurra segredos de dor,
E a noite se veste de um manto de ardor.
As estrelas, tão distantes, observam caladas,
Testemunhas eternas das almas marcadas.
Um grito silente percorre o vazio,
Ecoando memórias em tom tão sombrio.
Oh, madrugada, que tanto conhece,
Guarda os mistérios de quem adormece.
Mas também ouve, no seu peito aberto,
O clamor de quem chora no deserto.
É o som da busca, da vida que chama,
Do fogo que arde, mas que nunca se inflama.
É o desejo de luz em meio à escuridão,
O clamor por um dia de renovação.
Que a aurora responda com raios dourados,
Curando os medos, os sonhos quebrados.
E que o clamor que rasga a madrugada
Seja ouvido por uma alma iluminada.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 11/01/2025
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