O vento canta
No chão rachado, um grito ecoa,
O vento canta nas cordas da seca,
Entre cactos, a vida se entoa,
Num céu que em fogo amanhece e aquece.
O sol é rei de imenso reinado,
Desafios marcam sua terra bruta,
Mas o sertanejo, forte e calado,
Segue o destino com fé absoluta.
Na vastidão, a esperança vigora,
No canto da ave, um alívio pequeno,
E a cada passo, mesmo que demora,
A luta é mais que o sonho terreno.
Sertão de força, de vida encantada,
Guarda histórias de suor e bravura,
Onde a alma é poesia gravada,
E a beleza emerge na seca dura.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 13/01/2025
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