Sertão das Almas
É terra dura, de silêncio vasto,
Onde o tempo molda o seu compasso,
Cada folha caída, um rastro,
De vidas marcadas pelo cansaço.
Mas há no olhar do homem que labuta,
Uma chama que jamais se apaga,
No suor, a fé que tudo escuta,
Na rocha quente, o sonho se alaga.
A chuva, tão rara, vira promessa,
De fartura, de vida renascida,
E quando chega, tudo confessa,
Que a espera é paga com nova vida.
Sertão que sofre, mas nunca desiste,
Guarda em seu peito o mais puro amor,
Em cada canto, seu espírito insiste,
Que mesmo na seca, há seu esplendor.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 13/01/2025
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