O relógio marca o compasso da vida,
Mas os segundos fogem da vista.
O ontem, memória já esquecida,
E o amanhã, promessa não escrita.

Corremos contra um tempo sem fim,
Como se o controle fosse ilusão,
Mas ele passa, rápido e ruim,
Levando consigo qualquer razão.

O presente escapa por entre os dedos,
No tic-tac que nos faz escravos,
Enquanto sonhamos com nossos enredos,
Perdemos os instantes mais bravos.

No invisível, está o que importa,
O agora, a verdade que conforta.