No quintal da infância, sonhos plantamos,
Pequenos heróis com capa de vento.
Em cada riso, o mundo moldamos,
De pura alegria, sem dor ou lamento.

Brincar na rua, correr até cansar,
Caçar estrelas no céu de papel.
A infância é arte de imaginar,
Pintando cores num imenso painel.

O sabor doce de um bolo caseiro,
A bicicleta que a praça cruzava.
A vida era um campo tão verdadeiro,
Onde o tempo com leveza passava.

Saudade da infância que não volta mais,
Dos dias simples de pura magia.
Mas guardo em meu peito esses sinais,
De uma felicidade que nunca se esvazia.