O Relógio Sombrio
No centro da praça vazia,
Há um relógio a tocar,
Seu som ressoa, em agonia,
Marcando horas do além-mar.
Os ponteiros nunca erram,
Mas contam um tempo indeciso,
Quem escuta com cautela,
Ouve um sussurro preciso.
"Não brinque com o amanhã,
Nem tente ao passado voltar,
Pois o tempo, feito em névoa,
Nunca deixa de cobrar."
Quem ignora esse aviso,
Verá os dias sumirem,
E seu reflexo no espelho,
Aos poucos se desfazer.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 29/01/2025
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