Nas ruas largas e vazias,
O concreto a me oprimir,
A cidade grande, com suas poesias,
Nem sempre sabe sorrir.

Os prédios escondem o céu,
E as luzes cegam a alma,
Na selva de aço, onde o véu
Da solidão sempre acalma.

Gente passa sem se ver,
Ninguém olha para o outro,
Mas a cidade tem seu ser,
Mesmo que o tempo seja oco.

Mas no caos, há esperança,
De um dia encontrar a paz,
A cidade grande é dança,
Mas o ritmo, quem faz, somos nós.