Cidade Cinza
Prédios altos, céu de ferro,
No horizonte um desespero,
Carros correm, gente some,
Ninguém vê, ninguém tem nome.
Pele enrugada pela pressa,
Passos mudos pela guerra,
O tempo custa, o tempo pesa,
Mas ninguém nunca espera.
Sonhos morrem nos semáforos,
Esperanças vivem presas,
Num mundo onde se corre,
Mas não se chega a lugar nenhum.
E quando a noite desce fria,
O mendigo vira sombra,
Mais um rosto esquecido,
Na cidade que nunca dorme.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 31/01/2025
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