Fome Escondida
Nos becos esquecidos,
Onde a luz não quer entrar,
Mãos pequenas se estendem,
Sem ter o que segurar.
Olhos fundos de criança,
Pedem pão sem precisar falar,
E a cidade que os ignora,
Segue sempre a festejar.
No luxo dos banquetes,
Sobra o que falta no chão,
E enquanto o mundo dorme,
Mais um estômago diz não.
Mas quem sente fome cedo,
Aprende cedo a lutar,
E entre migalhas do mundo,
A esperança insiste em ficar.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 31/01/2025
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