No campo verde ela desponta,
Trazendo o brilho matinal,
Pequena, simples, mas tão pronta,
Para enfeitar qualquer quintal.

O vento a leva, solta e leve,
A chuva a molha com ternura,
O sol a beija como deve,
E assim floresce na secura.

Mesmo em solo tão cansado,
Ela insiste em florescer,
Pois cada dia, encantado,
É chance nova de viver.

Assim também é nossa sorte,
Que entre pedras quer brotar,
Basta ter raiz bem forte,
E um céu azul para sonhar.