Andarilho
No vento frio da madrugada,
Passos ecoam pelo chão,
Carrega a vida em sua estrada,
Sem rumo certo ou direção.
Os olhos fundos, a pele gasta,
Caminha só, sem ter um lar,
A fome vem, o tempo arrasta,
Mas segue sem desmoronar.
Já foi menino, teve nome,
Teve família, um coração,
Agora é sombra que consome
A indiferença da estação.
E segue firme, a dor latente,
O sonho morto, a estrada em vão,
Quem é que olha essa gente
Que se perdeu na imensidão?
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 01/02/2025
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