Noites de Avenida
Sob as luzes, sob o frio,
Vendendo o corpo, vendendo a alma,
Na calçada, o tempo é um rio
Que leva tudo, rouba a calma.
Sonhava um dia ter mais sorte,
Ter um destino sem rancor,
Mas descobriu que a própria morte
Era o destino do amor.
Lábios vermelhos, olhos de vidro,
Vestido curto, dor comprida,
O coração já sem abrigo,
O corpo é arma na avenida.
E quando um dia a juventude
For só um rastro de amargura,
Saberá que a lei mais rude
É ser mulher na noite escura.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 01/02/2025
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