Desemprego
No bolso um nada, na mesa um pão,
No rosto um medo, no olhar um não.
Na fila enorme, esperando um sim,
Na alma o peso de um triste fim.
As mãos cansadas, olhos perdidos,
O mundo gira, mas sem sentido.
Cartões negados, contas vencidas,
O chão some sob as feridas.
A noite chega e traz o pranto,
Dorme no escuro quem já não sonha,
No travesseiro um desencanto,
Na alma a dor de quem se envergonha.
E quando a fome apertar mais forte,
Vai suplicar ao céu piedade,
Pois não se escolhe o tom da sorte
Nem a justiça da sociedade.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 01/02/2025
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