Estrada Sem Fim
Pés cansados, olhos vazios,
Poeira e sol na mesma estrada,
No ombro o peso dos desvios,
Na alma a vida maltratada.
Passou cidades, viu desertos,
Ouviu promessas que mentiam,
Andou sozinho entre os restos
De sonhos mortos que partiam.
A noite chega sem aviso,
O frio corta como faca,
E o amanhã, sem paraíso,
É só mais um que nada marca.
Mas segue andando, segue mudo,
Pois quem não tem onde parar,
Faz do caminho todo o mundo,
E da saudade um triste lar.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 01/02/2025
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