Rastro de Sangue
Pelas ruas corre um nome,
Corre a voz de quem caiu,
O medo cresce, a sombra some,
A noite fria se vestiu.
O crime foi não ser igual,
Não ter a cor que eles queriam,
A bala veio sem sinal,
Sem perguntar, sem simpatia.
A mãe chorando, o chão molhado,
O rastro some na avenida,
O dia nasce mais calado,
Mas nada apaga essa ferida.
E segue a vida, segue o pranto,
Segue o silêncio e a injustiça,
Pois quem já nasce condenado
Morre sem ver a própria vida.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 01/02/2025
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