Vozes Caladas, Gritos Eternos
Silêncio pesa no chão da cozinha,
Onde a alma cansada se arrasta.
O grito engasga, a lágrima ensina
Que a dor mais profunda é a que não se afasta.
Na parede um retrato rachado,
No peito o peso de mil batalhas.
Cada noite um corpo quebrado,
Cada manhã, a mesma mortalha.
Ela grita sem abrir a boca,
Sua alma ecoa entre os tijolos.
O mundo dorme, a dor sufoca,
Enquanto ela sangra sem consolos.
Mas um dia a voz ressurge firme,
Feita de todas as que caíram.
E o grito eterno, feito de crime,
Se torna lei nas que resistiram.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 01/05/2025
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