Mãe, Ferida Aberta
Ela carrega o berço vazio,
E a roupa que ninguém mais veste.
Nos olhos, um mar sombrio,
No peito, o tempo não se reveste.
O leite secou na esperança,
O colo vazio é prisão.
Mas a memória ainda dança,
Com cheiro de amor e chão.
A mãe que perdeu o futuro
É feita de carne e aço.
O mundo é frio, é duro,
Mas ela abraça o espaço.
E mesmo em dor tão concreta,
Ela levanta e vai à luta.
Porque mãe, ferida aberta,
Nunca se entrega, nunca se oculta.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 01/05/2025
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