A Última Carta de uma Mulher
Escreveu com mãos tremendo,
Entre lágrimas e espanto.
Era um grito, não um aceno,
Era despedida e pranto.
"Se eu não voltar amanhã,
Saiba que tentei viver."
Na carta, cada linha é vã,
Fruto de quem quis renascer.
Deixou recado na gaveta,
Sabendo que alguém acharia.
Palavras com alma inquieta,
De quem só pedia: “me ouvia!”
Agora a carta é bandeira,
Em praça, mural e reunião.
A mulher virou trincheira,
Seu adeus virou canção.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 01/05/2025
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