Uma Mulher Chamava Justiça
Seu nome ecoava em becos calados,
vestida de luta, com passos cansados.
Não era juíza, mas fez julgamento,
dos crimes silentes, do sofrimento.
No rosto, o tempo esculpiu cicatriz,
nos olhos, lampejos de um mundo feliz.
Cada denúncia era um grito no vento,
clamando respeito, justiça e alento.
Caminhava firme entre leis e desdém,
sabia que a dor jamais vinha de cem.
Vinha de um só que silencia a flor,
que destrói mulher com toque de dor.
E ela seguia, com voz que acendia,
a chama daquelas sem quem as ouvia.
Uma mulher chamada Justiça, enfim,
não usava toga, mas era o fim.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 01/05/2025
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