Sobreviventes
Trazem no peito memórias caladas,
histórias de guerra não declaradas.
São sobreviventes do próprio lar,
lutaram pra não deixar de respirar.
No pulso, o tempo, no olhar, o chão,
passado cravado em cada estação.
Mas mesmo em ruína, elas resistiram,
da dor renasceram, nunca desistiram.
Carregam a alma em cicatrizes nuas,
como mapas vivos das noites cruas.
Não são apenas o que suportaram,
são tudo o que nunca lhes contaram.
E hoje erguem bandeiras de redenção,
com outras mãos, de irmã, de proteção.
Sobreviventes, filhas do amanhã,
de pé, mesmo quando tudo diz que não.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 01/05/2025
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