No Espaço da Mulher Ferida
Ali, onde o choro encontra lugar,
e o trauma tem quem possa escutar,
há cadeiras, mãos e acolhimento,
há tempo, cuidado e sentimento.
Não é abrigo só de tijolo e muro,
é onde se costura um novo futuro.
Ali, a mulher volta a respirar,
depois de quase deixar de lutar.
O nome pode ser coordenadoria,
mas pra quem sofre, é poesia.
É colo depois da tempestade,
é chance de reaver dignidade.
No espaço onde a dor se desfaz,
onde o amor é real, eficaz,
a mulher ferida vira voz
e escreve o amanhã por todos nós.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 01/05/2025
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