O Dia em que Disse Não
Era só mais uma tarde comum,
mas algo mudou naquele jejum.
Ela olhou nos olhos da prisão
e enfim teve forças pra dizer: não.
Não ao tapa, ao grito, à mordaça,
não à rotina que a estraçalha.
Não ao medo que tirava o ar,
não à casa que virava altar.
Naquele dia, a história virou,
e a mulher ferida não mais chorou.
Ela se ergueu, se refez em voz,
e por fim se salvou por todos nós.
O dia em que disse não, nasceu
uma nova mulher que renasceu.
Com o não, ela disse sim à vida,
e fechou a porta da ferida.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 02/05/2025
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