Prisão Invisível (Violência psicológica)
Ele nunca ergueu a mão,
mas cortava com palavras.
Toda frase era prisão,
com algemas disfarçadas.
Chamava-a de incapaz,
dizia que ela era nada.
Fazia da casa um cais
onde ela afundava calada.
Ela começou a duvidar
da própria voz, da própria cor.
E passou a acreditar
que merecia aquela dor.
Mas um dia se olhou no espelho
e viu que não era loucura:
era só mais um espelho
da crueldade mais pura.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 05/05/2025
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