Silêncio do Campo (Violência no ambiente rural)
No sertão o céu é vasto,
mas pra ela, é sem saída.
Cada cerca é um atraso,
cada dia, uma ferida.
O marido grita e exige,
diz que manda por direito.
Ela apanha, ora, finge,
mas vive com medo no peito.
Sem vizinho, sem socorro,
sem polícia por ali.
Seu choro se mistura ao solo
e morre antes de subir.
Ela sonha com cidade,
com justiça e com calor.
Mas na roça só há vontade
e o silêncio do terror.
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 05/05/2025
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