Violência Moral
Disse que ela era vadia,
que “nenhuma mulher decente” faz assim.
Espalhou mentiras nas redes,
manchou sua honra até o fim.
Atacou com palavras sujas,
pra ferir onde é mais ruim.
Não deixou marcas no corpo,
mas feriu a alma com precisão.
Porque há quem mata reputações
como quem atira com a mão.
E a vergonha que ela sente
não encontra absolvição.
Chamou-a de infiel, de louca,
fez da rua um tribunal.
Usou a língua como faca,
com a maldade mais banal.
E ela perdeu o respeito
por culpa de um mal tão moral.
Família virou costas,
amigos se afastaram também.
Ele espalhou veneno lento,
que escorria feito além.
E ela, que era mulher forte,
foi desacreditada por alguém.
A dor moral é invisível,
mas corrói sem piedade.
É uma prisão de palavras
com grades de falsidade.
E a cada insulto lançado,
some um pouco de liberdade.
Mas ela juntou coragem,
fez da verdade um escudo.
Denunciou a difamação,
rompeu o ciclo mudo.
E hoje grita aos quatro ventos:
“Mentira não cala tudo!”
Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 05/05/2025
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